A definição da pergunta de pesquisa é um processo paulatino, Com idas e vindas, tentativas e erros, e que deve acontecer em conjunto com a revisão literatura.
Para auxiliar nas reflexões que embasam essa definição, convém tentar articular os itens abaixo com respostas o mais sucintas possível. Mesmo que sejam preliminares, incompletas e/ou temporárias, o exercício de síntese e de tentar esclarecer e compatibilizar esses itens ajudará a entender melhor o problema e o que ele envolve. Isso permitirá também uma melhor discussão com o orientador sobre o estágio em que o trabalho se encontra.
Dois ou três trabalhos que se pareçam muito com o que se pretende desenvolver, apontando seus principais resultados e suas limitações (o que não fizeram? Que incertezas ainda deixaram?). Um parágrafo para cada trabalho, no máximo.
Apenas uma pergunta, sem contextualização. Deve ser diretamente derivada da lacuna identificada acima. Os termos utilizados devem ser específicos o suficiente para caracterizar bem o fenômeno, mas não a ponto de se referir apenas a fatos singulares.
Um ponto crucial neste estágio é definir o Tipo de pergunta de pesquisa, ou sua natureza: descritiva, explicativa, avaliativa ou prescritiva. (No GP Urbanidades damos prioridade às perguntas explicativas, mas outros tipos também podem ser considerados.)
Vale a pena também reexaminar a lacuna no conhecimento delineada acima para checar se a pergunta está de fato baseada nela e se está coerente com ela. Assim, portanto, é importante que uma pergunta descritiva esteja assentada sobre uma lacuna também descritiva, e assim por diante.
Outro ponto crucial é definir se será um trabalho quantitativo, qualitativo ou misto. A rigor, isso é uma decisão metodológica, mas que acaba ajudando a definir os tipos de perguntas que podem ou devem ser feitas.
Deve ser uma possível resposta à pergunta acima. Portanto, quando ambas são lidas em sequência, deve haver uma coerência perfeita.
Deve ser muito semelhante (quase igual) à pergunta de pesquisa.